Sei que pouquíssimas pessoas estão acompanhando meus posts, mas hoje tive vontade de prestar uma homenagem.
Por muitos anos eu votei no PSDB por falta de opção e por serem ideologicamente os mais próximos a mim.
Depois parei de votar no PSDB e passei a votar útil contra o PT e as nossas esquerdas retrógradas, pois elas estão mais preocupadas em preservar privilégios do triunvirato Febraban-CUT-FIESP a defender o real bem estar dos pobres.
Nesta última eleição votei no Partido Novo (NOVO 30) praticamente de ponta a ponta. Sei que as posições sociais deles são toscas (por exemplo, são contra o aborto – criminalizando algo que é um problema de saúde pública/escolha da mulher e sendo hipócritas, já que nossos ricos fazem aborto a toda hora em consultórios médicos confortáveis; ou são a favor das armas quando todos os estudos sérios, ou seja, que não são patrocinados pela NRA, mostram que mais armas equivalem a mais mortes violentas, etc, etc).
Mas as visões econômicas e políticas dos meus dois deputados são impecáveis e, pela primeira vez em meus 52 anos de vida, me sinto verdadeiramente representado na Assembleia de SP e na Câmara Federal. Sei que não há 100% de coincidência nas nossas visões, mas como também não me encaixo facilmente em nenhuma caixinha pré-moldada, fico felicíssimo com 70%!
Parabéns Daniel José e Vinicius Poit pelas suas posições e combatividade aos privilégios e arcaísmos do nosso país.
Como tenho dito, hoje no Brasil ser de esquerda é ser liberal econômico, acabando com a apropriação do Estado por grupos privados que, de fato, só querem preservar suas tetas fáceis e generosas. Da FIESP à CUT, passando pela Febraban e funcionários públicos.
Precisamos de mais mercado, de mais competição, temos que abrir nossa economia e inserir o Brasil nas cadeias de valor internacionais. Precisamos de menos Estado, de menos funcionários públicos (e de mais programas diretos como o Bolsa-Familia e vouchers), de menos privilégios aos brancos urbanos e educados (que acessam ensino superior gratuito e se aposentam cedo, por exemplo), de menos subsídios e proteções aos nossos industriais e banqueiros acostumados com um mercado cativo e sem concorrência.
E só vejo um partido batendo forte nesses pontos: o Novo. O resto está se agarrando ao velho e ao arcaico, num típico abraço de afogados onde todos iremos morrer como o eterno país do futuro.
Eu só estaria em êxtase se o Novo defendesse as minhas bandeiras sociais: tolerância e respeito total aos LGTBs, mais restrições às armas e a legalização das drogas leves e do aborto.
Mas aí seria querer muito…
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