Eu não consegui assistir ao vídeo da malfadada reunião ministerial.
Por uma razão básica: bastou ler trechos dos diálogos transcritos para que ficasse claro que tudo aquilo era tão degradante, mas tão degradante que chega a nos dar depressão profunda, saudades de um futuro que nunca teremos como país. A constatação, irrefutável, que somos um país sem chances de dar certo.
Já sabíamos do baixo nível do Bolsonaro, da sua tosquice, do seu pedestrianismo intelectual, sua recusa em aceitar a ciência, sua boçalidade. Outra coisa é confirmar isso ao vivo e à cores, em toda a equipe e sem sombras de dúvida.
Antes do vídeo ainda nos enganávamos que alguns ministros eram “bons”, que ainda poderiam contribuir com a melhora do Brasil, mesmo com a profunda mediocridade e incompetência dos demais.
Minha última esperança para o país eram as reformas prometidas pelo Guedes. Nem isso se salvou. Só sobrou um governo inepto, boçal, tosco, sem visão estratégica ou capacidade executiva.
E volto para um ponto já pensado anteriormente, quando disse que só se juntava ao governo quem era mau caráter ou profundamente ingênuo.
Hoje tenho certeza que, além do dano ao país nas relações internacionais, o vídeo escancarou uma verdade incontestável: só fica no governo quem tem profundos desvios de personalidade e de valores. Ou, pior, quem compartilha as visões medievais de mundo do Bolsonaro.
Ou ambos…
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