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Foto do escritorMarcelo Costa Santos

Na linha do “Livre Pensar é só Pensar” ou “Conclusões Científicas de Botequim"

Atualizado: 23 de out. de 2023

Eu, que ia votar útil na Marta contra Russomanno e Haddad, mudei meu voto para o crápula do Dória. Mas até aí tudo bem, dirão meus detratores, nada mais óbvio para um coxinha enrustido.


Mas minha virada de percepção começou ontem ao ouvir no rádio uma musiquinha sobre um tal “João Trabalhador.” Uma peça de marketing simples, brilhante e extremamente eficaz. Hoje cedo, peguei meu iPad para ler os comentários sobre o debate presidencial americano (Hillary destruiu o doido, racista, desequilibrado, mussoliniano de araque do Trump), mas me deparei com uma chamada no UOL para a liderança do Dória sobre todos os demais candidatos. Mais, surrando até o Russomanno no segundo turno. Impressionante, e a menos de 5 dias para a eleição.


Agora há pouco, e como todo coxinha enrustido, fui tirar a temperatura popular da eleição com nossa empregada, conosco há quase duas décadas. Sempre tive uma atitude “sociológica” com ela, ou seja, pergunto e deixo meus comentários no menor nível possível para não gerar influencias. Moradora da periferia, e ao contrário dos meus amigos petistas babadores de ovo para o Haddad, ela detesta o atual prefeito (“o pior de todos os tempos, até mesmo pior que o Pitta”) e sempre foi fã de carteirinha da Marta (“bilhete único, CEU, etc”).


Qual não foi meu estarrecimento ao descobrir que ela havia mudado o voto da Marta para o Dória. Principais motivos: ele não é político, é empresário e vai trazer mais empresários para SP – gerando empregos, é rico e, para mim a real razão definidora, foi muito melhor do que os outros candidatos no debate de domingo à noite no “canal 7” (confirmado na sequência da conversa como a TV Record). Corri para o Estadão para checar a data da realização da pesquisa IBOPE e de novo me surpreendi: pesquisa feita entre 23 e 25, portanto não capturando o efeito do debate sobre o eleitorado.


Ou seja, é praticamente impossível não termos Russomanno e Dória no segundo turno, talvez o Malddad no lugar do Russomanno se ele conseguir capturar os votos úteis da Marta e da Erundina. Acho pouco provável que a Marta se recupere. Mas, de qualquer maneira, o segundo turno é do Dória.


A eleição de SP não poderia ser mais emblemática: vamos (eu também) eleger um almofadinha de reputação empresarial duvidosa, que vai enfrentar um populista mentiroso e oportunista no segundo turno. Enquanto isso, a esquerda come poeira.


Como eu sempre digo, a grande herança do Lulo-Dilmismo foi o recrudescimento da direita no Brasil. E agora esta eleição também vai dar gás para a anta sorumbática com cara de chuchu como nosso potencial presidente em 2018: Alckmin, o grande vencedor da eleição do Almofadinha.


Aqui se faz, aqui se paga.


Pena, o Brasil merecia algo melhor. Ou talvez não…





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