Ou estou ficando velho e intolerante com pseudo músicos ou a turma woke é tão tosca, mas tão tosca que qualquer coisa “alternativa” (sic) precisa ser louvada e elogiada em extremos nunca dantes vistos.
Explico: sempre ouvi falar da Pabllo Vitar pelas suas polêmicas. Só fui descobrir há pouco tempo que ela era uma artista que compõe e canta (sic, sic).
Ontem vi uma chamada do jornal Globo no Instagram que descrevia o show dela no The Town como a primeira apresentação da Nona de Beethoven do mundo pop.
Não teve jeito: abri o Spotify e fui descobrir quem era Pabllo Vitar musicalmente. Quem me conhece imagina meu choque com a tranqueira lixo, vinda diretamente do esgoto musical, que encontrei.
Músicas (sic) óbvias, batidas, letras pobres, repetitivas, arranjos idiotas e com auto-tune no talo (ela não deve ter voz para cantar nem parabéns a você à capela!). Enfim, aquele show de horrores em que se transformou a música pop mundial e brasileira. E por pop entendam pagode, funk carioca, sertanejo et all.
Outro dia, voltando para casa de Uber, o motorista vinha ouvindo pagode na tela grande que ele tinha colocado no carro. Foram 30 minutos com literalmente a mesma música, sendo que eu só percebia que havia “mudado para uma ‘nova’ canção” por ser um show ao vivo: ele parava de vez em quando para os aplausos da plateia.
Tenho a exata mesma impressão quando ouço sertanejo, com todas as músicas praticamente idênticas. A mesma pobreza musical, melódica, harmônica e de letras. Funk carioca, da Anitta ou não, nem merece comentários de tão baixaria, misógino, machista e violento que é.
A única música pop que ainda merece algum respeito é o rap da periferia. Uma merda musical, diga-se, mas um veículo válido e forte de protesto social (nem por isso consigo escutar mais do que 10 segundos…).
Fui buscar outras críticas ao show dela e a Folha repetia quase ipsis litteris os argumentos do crítico do Globo.
Como não leio críticas musicais sobre sertanejo ou outras tranqueiras de baixo nível que são vomitadas pela máquina de produção musical de massa, não sei se as loas tecidas ao show da Pabllo Vitar se devem somente ao fato de ela ser LGTBQIA+ ou se os críticos são completamente imbecís e sem qualquer referência musical de qualidade.
Sei que gosto não se discute, só se lamenta. Mas centenas de anos de desenvolvimento da teoria musical criaram um instrumental rico de análise da música. Posso não gostar de vários estilos musicais, mas sei reconhecer quando é bem feito ou quando é um lixo descartável.
A música pop ou popular atual, com raríssimas exceções, virou um lixo intragável. Mas fiquei com a impressão que Pabllo Vitar virou Mozart só por ser quem é, nada a ver com suas habilidades (ou total falta delas) musicais.
Acho que estou ficando velho mesmo…
Penso que a culpa do sucesso da Pablo Vittar, não é só das pessoas de mau gosto…a mídia é a principal culpada a elevar o status dessa pseudo cantora performática a MOZART. A cada lançamento de qualquer porcaria que ela vai lançar as redes nos enfiam goela abaixo as “publis” dessa “famosa quem?” cujo conteúdo não cabe nem no bolso das roupas sumárias q ela usa. Para piorar a Pablo Vittar é apenas mais uma a imbecilizar um público tão acostumado com lixo que só não morrem de abstinência porque um lixo vai e vem outros e outros… e como não há nada que não possa piorar esse nicho de pseudos artistas lixo tem muuuuuitos consumidores… eca!