Somos um país “supostamente rico”, mas com uma gente pobre de espírito e sem visão de nação ou futuro sustentável.
Nosso sebastianismo permeia tudo, sempre à espera de uma solução messiânica e redentora, que, enfim, nos levará ao Éden.
Desde que me conheço por gente já vi serem as “Diretas Já” a nossa redenção iminente, depois foi a vez do Tancredo, ou o Plano Cruzado, o FHC e seu Plano Real, ou o Lula e o Bolsa-Família. Depois seria o impeachment e o Temer.
E sempre que não dá certo, e nunca vai dar, a culpa é de nossa herança colonial, ou dos imperialistas, ou das elites ou dos marcianos, mas nunca nossa. Nossa como povo, de onde saem nossas elites, nossos empresários e nossos políticos.
Pena, o mundo é bem diferente de nós e está aumentando sua distância relativa, ano após ano, em educação, infraestrutura, qualidade de vida, etc, etc.
Enquanto nos perdemos em brigas institucionais e discussões burras sobre reformas que há muito deveriam ter sido feitas, vamos num continuo negligenciar do único ativo que de fato interessa no mundo moderno: a educação das próximas gerações.
Nos anos 60 a Coréia do Sul já tinha um nível acadêmico/educacional superior ao que temos hoje e, incrível ser verdade, há gente que ainda se pergunta porque não somos uma nação desenvolvida.
Ontem os resultados do PISA foram liberados, mas a pauta principal da imprensa continua sendo a briguinha entre Senado e STF, entre corruptos e supostos ilibados, entre o nada e a coisa nenhuma.
Novamente, pena.
O mundo passa e o Brasil ladra.
Os resultados do PISA dizem tudo.
E isto na suposta Pátria Educadora da ex-presidente – e sempre anta – Dilma, na suposta nação que desde 1988 tem que investir obrigatoriamente em ensino parcela significativa do PIB.
Os resultados mostram que, como país, estamos discutindo com o garçom se a carne assada veio no ponto certo enquanto o Titanic já bateu no iceberg e está indo a pique.
Triste sina de eterno país do futuro!
PS: eu vejo o que Portugal, um país pobre e sem recursos naturais, foi capaz de fazer nos últimos 25 anos, em várias frentes, e me dá ainda mais desânimo em relação ao futuro do Brasil. Eles tiveram a União Européia como agente de mudanças. Nós temos quem? o Mercosul da Venezuela e do Paraguai? O Renan? O Lula? O Alckmin? O Bolsonaro? Aí de nós!
Comments