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Foto do escritorMarcelo Costa Santos

Sobre Sorte e Meritocracia – FHC, Lula, Dilma e Temer

Atualizado: 23 de out. de 2023

Em época próxima ao impeachment final da nossa ex-augusta líder gloriosa e articulada, hábil com as palavras e com a lide política, resolvi escrever mais um “livre pensar é só pensar”.


Muitos sabem que sou ardoroso defensor da meritocracia, da disciplina e dedicação na busca por nossos objetivos pessoais e profissionais.


Todavia, nos últimos anos comecei a dar um peso maior à sorte. Sim, a sorte é de fato um aspecto importante na vida das pessoas mas não do jeito que a cultura anti-sucesso do brasileiro médio a olha.


No Brasil há uma mistura de conceitos, ao se equalizar qualquer pessoa de sucesso com sorte e/ou corrupção.


Não compactuo com esta visão tacanha de mundo, mas cheguei à conclusão que só competência não basta. Afinal, conheço muita gente competente e dedicada que não conseguiu ter todo o sucesso que merecia. Por outro lado, conheço pessoas de competência mediana e que tiveram uma vida de muito sucesso. O fator comum aos dois casos: a sorte, ou a falta dela.


Por exemplo, vejam o FHC, infinitamente mais competente e preparado do que o Lula, mas teve um azar danado no front internacional e só pegou crises e abacaxis pela frente.


Já o Lula teve sorte, muita sorte e surfou (desperdiçando) uma onda de prosperidade internacional (super ciclo das commodities) nunca antes vista na história deste país. Por mais que o Lula fosse um mestre da operação política e tivesse outras qualidades, ninguém tem dúvidas da falta de preparo ou da visão tosca de mundo dele. Se o FHC tivesse tido o cenário mundial do Lula, ele tinha de fato virado príncipe e se perpetuado via inúmeras re-eleições…


Já a Dilma, além de incompetente profunda e irrecuperável – desconfio que tenha problemas cognitivos profundos, teve e tem muito azar. Herdou a chafurdice econômica que ela mesma plantou no Lula 02 (teve o azar ou a competência de ganhar a re-eleição? – você escolhe); viu um Brasil tomar de 7×1 na final da Copa, em pleno Maracanã; a China acabar com o super ciclo das commodities; testemunhou a Lava-jato prender toda a elite do PT e seus financiadores privados, entre tantas confusões endógenas e exógenas às suas competências. Vejam só, quando a crise está chegando ao fim, parte por causa do ciclo natural da economia, parte pela própria saída dela, ela já não está mais por aí para colher os louros…


Por fim, vejam o Temer: nem assumiu de forma definitiva e já está contando com a sorte: final no Maracanã com a mesma Alemanha e o resultado não poderia ser mais emblemático para o “novo” governo. Olimpíadas muito elogiadas, sem incidentes graves e com recorde de medalhas, e ele lá, surfando a onda!; economia reaquecendo, confiança do consumidor voltando, e Temer lá. Através da minha atividade profissional eu já sinto a economia destravando. Mais, o bom humor trazido pelas Olimpíadas vai ajudar a reacender o consumo, fazendo um segundo semestre melhor (menor queda do PIB) e ajudando a potencializar o crescimento em 2017. E, de novo, o Temer lá…

Da mesma forma que o Lula herdou a herança bendita do FHC (sorte do Lula), o Temer pegou o final do ajuste da herança maldita do Lula 02-Dilma 01 (azar da Dilma e sorte do Temer).


Conclusão: na vida, não basta competência – algo fundamental e importantíssimo – mas precisamos também de sorte e de senso de timing.


A Dilma não tem os três, ou não teria forçado a mão na re-eleição mais suja da história republicana, deixando o abacaxi econômico do século para o Aécio.


O Temer tem pelo menos dois dos três quesitos. Quais dois ainda não sei, e deixo por conta de vocês.


Saudações olímpicas.





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