No voo de vinda para nossas férias, semana passada, assisti ao filme Yesterday.
Estava relutante, pois os Beatles têm um sentido muito especial para mim, me trazendo lembranças muito fortes do meu pai. Foi ele que introduziu os Beatles na minha vida, que curtia cada música (e eu adorava vê-lo me mostrando as orquestrações/arranjos) e me incentivava a descobrir mais e mais.
Música sempre foi uma paixão fortíssima na minha vida e um dos meus pouquíssimos arrependimentos foi não ter começado a estudar piano antes. Mas antes tarde do que nunca... e agora estou tentando tirar o atraso.
Voltando ao Yesterday: é um bom filme, longe de ser excepcional, mas de qualquer maneira muito interessante e, em alguns momentos, emocionante. Interessante por nos lembrar o quanto as músicas deles são incríveis, universais e como estão aguentando muito bem o teste do tempo.
Estou aprendendo algumas músicas deles e não canso de me espantar com a beleza profunda das harmonias que, junto com uma suposta simplicidade das melodias, fazem tudo ficar excepcionalmente lindo. Sei que poucas pessoas prestam atenção às harmonias, mas peçam para alguém só tocar a mão esquerda do piano de qualquer música deles e entenderão o que estou dizendo...
Eu diria que se alguma música pop do século 20 sobreviver como “clássica” será a deles.
O que precisamos são leituras modernas, novos arranjos e releituras.
Meu pai estava certo. E eu já passei a tocha para meus filhos. Que eles a levem adiante.
All You Need is Love
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